segunda-feira, 12 de maio de 2014

Campo Santo

(entrevista com João – Figueredo)


Antes da construção do Cemitério Municipal São Benedito na década de 1940. A Capela D’Ajuda serviu de cemitério, pois foi núcleo religioso das fazendas da região, muitas eram bem distantes, como a fazenda onde hoje é o “Hotel Fazendão” em Santa Branca, as fazendas eram todas de famílias ligadas umas as outras.

A fazenda “Putim” era do Cel. Francisco de Paula Lopes, A Fazenda “Fazendão” da Família Fonseca, A fazenda “Capoeirinha” era do Major José Paula Lopes (filho do Francisco do Putim) “Fazenda dos Pires” (família Pires de Moraes), nestas os falecidos eram enterrados no entorno da casa grande e em muitas ocasiões era plantada uma árvore para demarcar o local (no caso do sexo masculino era plantada a paineira macho e fêmea para as mulheres), por isso vimos no meio do mato, uma vez por ano aquelas árvores enormes todas floridas.


Por volta de 1820 (mais ou menos) com a chegada de novos moradores no Núcleo Colonial de Sabaúna e São Bom Jesus, o superior da Igreja orientou os fiéis para enterrarem seus mortos no “Campo Santo” (cemitério) assim surgiu o cemitério da Capela D'ajuda. Os mortos ali enterrados eram os moradores da região no entorno, sendo que os mais abastados (ricos) tinham o privilégio de serem enterrados no interior do templo, ou em suas laterais, os criados mais próximos e que eram católicos eram enterrados nos fundos da Capela.

Quando houve a construção do Cemitério São Benedito, os corpos foram transferidos para o novo cemitério. Segundo a zeladora da Capela, eventualmente ainda são encontradas ossadas pelo terreno, sempre encaminhadas para a Delegacia Policial.

Nenhum comentário :

Postar um comentário